[ad_1]
São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) caprichou nos elogios ao presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), nesta quarta-feira (17/1), durante a inauguração de uma usina de produção de energia solar na represa Billings, na zona sul de São Paulo, reduto eleitoral de Leite.
O evento contou com muitos apoiadores do vereador e Tarcísio aproveitou para fazer coro e chegou a chamar Milton Leite de “lindão”.
“Que o Milton era querido, tudo bem, a gente já sabia. Agora lindão? Mas é o seguinte, estava olhando aqui melhor, Milton, se é pra ganhar o coração do Miltão, é lindo mesmo. No início eu estava meio assim ‘lindão, espera aí’. Não, tá certo, vai ficando simpático ao longo tempo”.
Os elogios de Tarcísio de Freitas são uma tentativa de amenizar o clima com o presidente da Câmara Municipal. Os dois tem tido muitos atritos desde o início do governo do ex-ministro, que tem interesse na privatização da Sabesp. A negociação da estatal, depois de ser aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), precisa da aprovação dos vereadores paulistanos para ser concretizada.
Milton Leite tem dito que a proposta do governo não oferece informações básicas para que a discussão possa avançar, como, por exemplo, o valor que o estado pretende arrecadar com a venda das ações da empresa. Ele também criticou a forma utilizada pelo governo paulista para entregar a Sabesp para iniciativa privada, em meio ao casos causado pela queda de energia na capital paulista depois de fortes chuvas que assolam a cidade desde novembro.
Além disso, Tarcísio articulou, nos primeiros meses da sua gestão, a redução de influência de Leite no governo de São Paulo, que foi grande nas administrações João Doria e Rodrigo Garcia (PSDB), especialmente na área de Transportes.
A privatização da Sabesp é uma promessa de campanha de Tarcísio de Freitas. A aprovação da medida junto aos deputados paulistas logo no primeiro ano de gestão do governador foi vista como uma vitória. Agora, Tarcísio espera ajuda de Milton Leite para que a proposta passe pela Câmara de São Paulo.
