Uma operação conduzida pela Justiça da Bahia foi deflagrada, nesta terça-feira (5), mirando um homem suspeito de fornecer armas para as facções Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), no Brasil.
A ação foi realizada pela Polícia Federal, que cumpriu 25 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 52 mandados de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos no Brasil, Estados Unidos e Paraguai, onde estaria o principal alvo, identificado como Diego Hernan Dirísio.
Conforme a investigação, o argentino é dono de uma empresa chamada IAS, com sede no Paraguai, e considerado o maior contrabandista de armas da América do Sul.
Dirísio teria movimentado R$ 1,2 bilhão na negociação de pistolas, fuzis, rifles, metralhadoras e munições de fabricantes de países como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia.
De acordo com a Justiça, depois de comprar dos países europeus, as armas eram vendidas aos grupos criminosos em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Além disso, é investigado também corrupção e tráfico de influência na Direccion de Material Belico (DIMABEL), órgão paraguaio responsável por controlar, fiscalizar e liberar o uso de armas.
A investigação iniciou há três anos, após apreensão de armas e munições no interior da Bahia. O armamento estava com a numeração raspada, mas foi rastreado por meio de perícia. A Justiça baiana solicitou inclusão dos suspeitos na lista vermelha da Interpol e que, se forem presos, sejam extraditados para o Brasil.