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BLOG DO ARI
Campinas, SP, 28 (AFI) – O noticiário do portal Futebol Interior descreveu com fidelidade a trajetória do melhor volante de todos os tempos da Ponte Preta – caso do mineiro Vanderlei Paiva -, que morreu na noite da última segunda-feira, aos 77 anos de idade.
Talvez o pontepretano não saiba como Vanderlei (assim era conhecido enquanto atleta) chegou à Ponte Preta, após singular passagem pelo Atlético Mineiro, na década de 70.
Numas das resenhas com o ex-presidente pontepretano Lauro Moraes, em seu estabelecimento comercial em Campinas – denominado Casa Lord, a loja fidalga da cidade – ele me contou que Armando Martins de Oliveira, um dos diretores de futebol do clube, foi a Belo Horizonte negociar com o Galo mineiro a vinda do então atleta.
Curioso é que na mesma família havia dirigentes em clubes rivais, pois Leonel Martins de Oliveira – irmão dele – presidia o Guarani, à época.
BAR DO VANDECO
Como a trajetória de Vanderlei Paiva, enquanto atleta e treinador, é sobejamente conhecida, através de dezenas de conteúdos publicados nesta segunda-feira, há cerca de cinco anos – ou pouco mais – quando eu ainda jogava futebol na equipe de sexagenários chamada São Pedro, com campo no citado bairro em Campinas, meu parceiro de meio de campo, Marcos Sá, levou o grupo para rodadas de cervejas e petiscos no bar de quem?
Pra surpresa de todos nós, no bar de propriedade de Vanderlei Paiva, no Jardim Nova Europa.
Marcos Sá foi amigão e preparador físico de Vanderlei, na trajetória de ambos em comissões técnicas. Nada contra quem reconduz os seus negócios se estabelecendo comercialmente através de bar, porém naquele momento a sensação passada foi de como o futebol é ingrato com quem foi profundo conhecedor da matéria, aliado à facilidade de se comunicar.
FUTEBOL INGRATO
Se a carreira de Vanderlei não prosperou como deveria enquanto treinador, o futebol não poderia prescindir dele enquanto executivo da modalidade, para ajudar no processo de coordenação.
Embora na cozinha Vanderlei também tirasse de letra os temperos de guloseima, a rentabilidade e o prazer para lidar com futebol estava no seu sangue.
Assim, como dizia o também saudoso Sérgio José Salvucci, um dos mais laureados locutores esportivos de Campinas, ‘era o que eu tinha a dizer’.
Não digo descanse em paz, ao Vanderlei, porque ele já não nos ouve e nem nos lê.
Aos familiares, minhas sinceras condolências.
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