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A família do menino picado cinco vezes na cabeça por um escorpião no Distrito Federal avalia buscar um tratamento com canabidiol, medicamento extraído da maconha, para melhorar o quadro de saúde do garoto.
Após ter ficado internado no Hospital Águas Claras para investigar possíveis convulsões e crises de choro, na sexta-feira (4/8), Thomas Caitano, 3 anos, recebeu indicação alta nesta segunda-feira (7/8).
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Segundo a família, o tratamento com canabidiol pode evitar novas convulsões e amenizar as crises de choro e incômodo do menino em recuperação.
Thomas foi atacado pelo escorpião na madrugada de 1º de janeiro de 2023, em Arniqueiras. Após meses de tratamento e de apoio, incluindo uma vaquinha virtual, o menino apresentou melhora e começou a voltar a sorrir.
Choro
Segundo a mãe do menino, Adriana Caitano, ao longo dos últimos dias a família também testemunhou crises de choro frequentes.
“O Thomas está chorando com um choro muito intenso, em que ele dobra os braços e estica as pernas. E estava com alguns episódios em que parava e olhava para cima. Parecia meio apagado e esticava o corpinho”, detalhou.
A família teve o receio de que Thomas estivesse sofrendo convulsões silenciosas. Diferente das convulsões tradicionais, onde a pessoa se debate. Nestes casos, os episódios são mais sutis e rápidos.
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Exames
Thomas já é medicado com anticonvulsivos, mas o médico solicitou exames para checar. O menino passou por uma tomografia e também fez um videoeletroencefalograma, em que ficou por 12 horas com eletrodos na cabeça.
“Os médicos analisaram que por conta da lesão cerebral ele tem propensão a ter convulsões. Mas esses episódios filmados não são necessariamente convulsões ainda. O que é bom, por um lado. Porque a convulsão é muito séria e pode afetar bastante o desenvolvimento”, relatou.
O médicos decidiram ajustar a dose dos remédios para melhorar o quadro do menino. Além disso, a família busca novos tratamentos, e o primeiro da lista é com o canabidiol.
“Diante disso, a gente tem conversado com a possibilidade de a gente entrar com o tratamento com canabidiol, que tem feito bastante efeito tanto para evitar convulsões como para combater as convulsões existentes e dar tranquilidade para a criança, que tem esse estado alterado e agitado por conta da questão neurológica”, revelou.
A família deixa o hospital decidida a encontrar um médico adote o tratamento. “A gente sabe que não é barato. Não é todo mundo que tem acesso”, emendou a mãe.
O acesso pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é demorado e precisa de laudos. Mesmo assim, a família tomou a decisão. “A gente sabe de várias crianças que têm melhora significativa com o canabidiol. E a gente realmente está decidido a testar”, assinalou.
A família de Thomas recebeu a indicação para o tratamento. Mas ainda não pode comprar o canabidiol. Pois precisa passar por uma consulta com neuropediatra e depois solicitar a compra. E antes do início do atendimento, o paciente precisa ter comprado o medicamento.
Serviço
Vítimas de picadas de escorpião precisam buscar atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). A rede pública conta com alguns hospitais de referência que contam inclusive com o soro combater o veneno.
No DF, a Secretaria de Saúde disponibiliza os serviços do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), por meio dos telefones 0800-644-6774 ou 0800-722-6001. A ligação é gratuita, e as equipes auxiliam com informações sobre os primeiros cuidados necessários.
Se um escorpião for encontrado em imóvel residencial, deve-se comunicar a Vigilância Ambiental, por meio dos números 160 ou 61 2017-1344. Também é possível enviar e-mail para gevapac.dival@gmail.com. Uma equipe será enviada ao endereço informado, para capturar o animal.
Confira aqui a lista das unidades da rede pública de saúde que disponibilizam soros antiveneno, em caso de acidentes com cobras, escorpiões ou aranhas.
Como ajudar o Thomas:
PIX: thomascaitanoheroi@gmail.com
Dados da conta para transferência:
Thomas Caitano Ribeiro
Banco C6 (336)
Agência 0001 / CC: 25040773-6
Pequenos Heróis
A família de Thomas decidiu criar o projeto Pequenos Heróis. A proposta é conectar pessoas, serviços, empresas com famílias de crianças com deficiência, doenças raras ou câncer que não tenham acesso à saúde ou estejam em situação de vulnerabilidade.
Voluntários podem entrar em contato pelo Instragram (projetopequenosherois) ou pelo telefone: (61) 99162-5232.
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