Agentes de Vigilância Ambiental visitam residências no Sol Nascente para o combate à dengue






De porta em porta, agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) da Secretaria de Saúde (SES-DF) percorrem as ruas do Distrito Federal. As visitas pretendem orientar e proteger a população contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, febre amarela, zika e chikungunya.


Foi durante esse trabalho contínuo que a equipe da secretaria bateu no portão da dona de casa Gerulina Santana Ferreira, 74 anos, no Residencial das Acácias, no Sol Nascente, nesta semana. Cuidadosa, ela levou um susto ao ser avisada que um pratinho de plantas abrigava larvas. “Minha casa é sempre limpa, mas machuquei o braço e fiquei uns dias sem poder fazer a vistoria no jardim. Sempre recebo os agentes porque, se nos descuidamos um pouco, o mosquito aparece. Ainda bem que viram a situação e ajudaram a combater”, disse.


A dona de casa Gerulina Santana Ferreira ressalta a importância de receber os AVAs: “Se nos descuidamos um pouco, o mosquito aparece” | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF


Ainda na residência de Gerulina, os agentes instalaram disseminadora de larvicidas (EDLs), uma armadilha para o mosquito. “Achei muito legal essa estratégia. Nunca tinha visto. Achei inteligente e me explicaram como funciona. Mais uma ferramenta importante para pegar esse bicho perigoso”, comemorou a moradora.


Os Avas também visitaram a casa da psicóloga Lidiane Maria de Sousa, 43. “Tomamos muito cuidado com as plantas e o lixo é tampado. Porém, a caixa d’água é essencial. Por conta da correria, tinha mais de uma semana que eu nem olhava. Os ovos já eclodiram e não percebi. Se não fosse pelos agentes, não iria ver”, revelou.


Mapeamento


As equipes da SES-DF também contam com tecnologias específicas que ajudam no combate à dengue


Em acréscimo às vistorias e às armadilhas, as equipes da SES-DF também contam com tecnologias específicas que ajudam no combate à dengue. São realizados, por exemplo, testes com o material coletado. A intenção é distinguir, no laboratório entomológico, se as larvas são ou não do Aedes aegypti. Essa identificação permite fazer um mapeamento dos focos da doença. Em caso positivo, a equipe retorna ao local para um tratamento mais intenso com inseticida.


A manicure Zilma dos Santos, 43, não hesitou na hora de abrir a porta aos agentes. Ela relatou ter tido dengue no começo do ano e passou nove dias internada com dores. “Não tenho mais plantas, mantenho o quintal bem limpo e troco sempre a água dos animais. Fico com medo de pegar de novo. Foi bem ruim a experiência”, contou.


Prevenção e coletividade



A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, destaca que o governo do DF tem se empenhado de forma intensa no combate à dengue, com ações preventivas que começam antes mesmo do aumento dos casos.


“Um dos pilares da estratégia é a atuação dos Avas, que desempenham um papel essencial nas visitas domiciliares. É nesse contato direto com a população que fortalecemos a prevenção, garantindo que as comunidades estejam protegidas e preparadas”, apontou a gestora.


O agente Ernesto Augustus Renovato Araújo lembrou sobre a importância da participação das comunidades, evitando água parada e descartando corretamente lixo e entulhos. “Quando entramos na residência, sempre verificamos plantas, calhas, ralos dos banheiros. A água dos animais de estimação precisa ser trocada frequentemente. Se cada morador tirar dez minutos semanais para verificar esses pontos, já quebra o ciclo e dificulta a vida do mosquito”, explicou.


*Com informações da Secretaria de Saúde










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