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É bem verdade que o humor é uma questão cultural. Determinados povos e países conseguem produzir um tipo de humor que é muito específico de uma determinada região, sem necessariamente ganhar apelo mundial. O cinema francês, por exemplo é conhecido por produzir um tipo de humor que o brasileiro “não entende”. Já as produções britânicas são conhecidas por usarem um humor muito peculiar, enquanto os italianos, por exemplo, são conhecidos por serem mais exagerados. Mesmo tirando as particularidades culturais de cada país, a finalidade primeva do humor é fazer rir, principalmente em produções infantojuvenis – mas este quesito é justamente o que falta (ou melhor, que continua faltando) na segunda temporada de ‘Meu Papai (Ainda) É Noel’, que já está disponível na Disney+.
Depois de mudar de ideia sobre suas escolhas, Papai Noel (Tim Allen) está decidido a passar o bastão do seu cargo para seu filho, Cal (Austin Kane) e transformar o Natal em um negócio familiar. A questão é que Cal além de ter medo de altura, não demonstra muito interesse em se afastar do mundo dos humanos, principalmente de sua namorada, Riley (Ruby Jay) – que, aliás, passa a visitá-lo com frequência no Polo Norte. Ao mesmo tempo, Sandra (Elizabeth Allen-Dick) começa a desenvolver poderes mágicos e passa a controlar sua habilidade de conversar com os animais. No meio disso tudo um antigo Papai Noel (Eric Stonestreet), que exercera função durante muito tempo e fora aprisionado por ser conhecido como Magnus Anta, volta ao cenário para reivindicar seu direito como o verdadeiro Papai Noel. Assim, no meio de tantas reviravoltas, o Natal está mais uma vez em risco.
Dividido em seis episódios de pouco menos de trinta minutos cada a nova temporada de ‘Meu Papai (Ainda) É Noel’ mantém o principal problema da parte anterior: tanto a história quanto os personagens não são carismáticos. Aqui não falamos apenas da questão do humor, mas sim de personagens que se comportam de maneira adulta demais num contexto infantojuvenil (os duendes, por exemplo conversam sobre questões matrimoniais mesmo sendo interpretados por atores aparentemente jovens com o intuito de parecerem adolescentes; em contrapartida, os gnomos, que seriam a oposição aos duendes por serem criaturas mal humoradas, são construídos de tal forma que, mais que isso, se tornam personagens chatos que beiram a grosseria).
Uma das grandes novidades nesta nova temporada foi trazer outros ícones do imaginário popular do universo fantástico, como o Coelhinho da Páscoa e o Papai Noel que se veste de verde, suavemente questionando a mudança de cor do uniforme do bom velhinho e fazendo menção ao personagem do filme original. Pelo andar da narrativa dá para imaginar qual vai ser a proposta geral do enredo para encaminhar a uma terceira possível temporada, o que não deixa de ser uma aposta arriscada da produção, mesmo para a DisneyPlus.
Com a temporada de Natal começando, ambas as partes da série ‘Meu Papai (Ainda) É Noel’ podem ser uma opção para crianças maiorzinhas como uma forma de entretenimento com oscilação de humor juvenil. Ambientada num local imaginário belamente produzido pela direção de arte, ‘Meu Papai (Ainda) É Noel’ é uma série com um senso de humor esquisito e um roteiro por vezes incoerentes, mas, para quem gosta de produções natalinas, fica como uma opção para já ir entrando no clima.
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