Segundo dados do Instituto Fogo Cruzado, na última terça-feira (12), a Grande Salvador chegou ao marco de 500 pessoas mortas em ações e operações policiais. Destas 500 vítimas, 133 foram mortas nas 32 chacinas policiais registradas pelo instituto desde o início do ano. O mês de setembro foi o mês de maior letalidade, onde foram mapeadas 72 mortes em ações e operações policiais.
O balanço total aponta que entre os 500 mortos estão uma criança, seis adolescentes, um idosos e 482 adultos, já as outras 10 pessoas não tiveram a faixa etária informada.
Entre as vítimas registradas no período, quatro foram mortas por bala perdida. As 24 pessoas foram mortas dentro de residências, cinco dentro de automóveis, quatro enquanto estavam em eventos e três foram mortas em bares.
Os homens são maioria, com 492 mortes, correspondendo a 98% dos óbitos. Os dados registraram a morte de cinco mulheres (1%) nesse período, seguido do registro de outras
três pessoas (1%) que não tiveram gênero informado.
Do total de mortos, 159 eram pessoas negras (32%) e cinco eram pessoas brancas (1%). Não foi possível obter a identificação racial de 336 pessoas (67%).
Dos 13 municípios que compõem a região metropolitana, Salvador lidera o ranking da
letalidade durante ações policiais
● Salvador: 395 mortes
● Camaçari: 24 mortes
● Lauro de Freitas: 20 mortes
● Simões Filho: 20 mortes
● Candeias: 15 mortes
● Dias D’Avila 8 mortes
● Vera Cruz: 6 mortes
● Mata de São João: 3 mortes
● São Francisco do Conde: 3 mortes
● Pojuca: 2 mortes
● São Sebastião do Passé: 2 mortes
● Itaparica: 1 morte
● Madre de Deus: 1 morte
Na capital, os bairros onde houve mais registro de mortes durante ações policiais até o
marco de 500 vítimas foram:
● Beiru Tancredo Neves: 19 mortes
● Valéria: 19 mortes
● São Marcos: 18 mortes
● Águas Claras: 17 mortes
● Fazenda Grande do Retiro: 17 mortes
● IAPI: 12 mortes
● Alto das Pombas:. 10 mortes