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Uruguaio foi um dos primeiros a cumprimentar argentino pela vitória; colombiano lamentou triunfo da ‘extrema-direita’
A maioria dos presidentes da América do Sul cumprimentaram Javier Milei por sua vitória na Argentina. O primeiro a fazê-lo foi Guilherme Lasso, do Equador. De saída do governo — seu mandato termina na quinta-feira, 23 —, o político de centro-direita disse que o resultado na Argentina mostra que este é “um bom momento para as democracias na América Latina”. Daniel Noboa, que sucederá Lasso, destacou a transparência da eleição e convidou o ultraliberal a buscar cooperação. “Felicito Milei por seu triunfo nas eleições da irmã Argentina, onde seus cidadãos viveram jornada democrática e transparente Convido-o a trabalhar pelo fortalecimento das relações bilaterais e por um futuro próspero que busque cooperação entre nossas nações”, disse. Próximo ideologicamente de Milei, o uruguaio Luis Lacalle Pou saudou o colega argentino poucos minutos após a vitória ser decretada, o que indica contentamento com o resultado. Ele destacou que os dois têm “muito a trabalhar em conjunto para melhorar as relações bilaterais dos dois países”.
O esquerdista chileno Gabriel Boric escreveu comunicado diplomático em sua rede social, desejando sucesso ao novo presidente do país vizinho e cumprimentando o derrotado Sergio Massa pelo compromisso com a democracia. “Saúdo Javier Milei pela vitória e Sergio Massa pelo digno reconhecimento da derrota. Desejo o melhor ao povo argentino e saiba que sempre terá nosso respeito e apoio. Como presidente do Chile, trabalharei incansavelmente para manter as nossas nações irmãs unidas e colaborando para o bem-estar de todos”, disse Boric. Devido à cordialidade com que o chileno tratou Milei, sua manifestação foi comparada à de Lula, que evitou chamar o argentino pelo nome.
Santiago Peña, presidente direitista do Paraguai, ofereceu “a mão cordial e fraterna” de seu país ao colega eleito. “Saúdo o povo irmão da Argentina, em nome do povo paraguaio, por um dia eleitoral exemplar. Parabenizo Milei pela sua vitória e ofereço a mão cordial e fraterna do Paraguai para fortalecer as relações entre nossos países. Ao grande povo argentino, felicidades”, disse. Já o colombiano Gustavo Petro, de esquerda, lamentou a vitória da “extrema-direita”, mas destacou respeito mútuo entre os dois povos. “A extrema-direita venceu na Argentina. É a decisão da sua sociedade. Triste para a América Latina. O neoliberalismo não tem mais proposta para a sociedade, não pode responder aos problemas atuais da humanidade”, disse Petro. “As relações entre a Colômbia e a Argentina, os laços entre os seus povos serão mantidos no respeito mútuo. Parabenizo Milei. E esperamos da Argentina progressista as avaliações que permitam aos povos latino-americanos aprender com as lições da história.”
Milei ainda recebeu congratulações do atual presidente argentino, Alberto Fernández, que apoiou Massa, seu ministro da Economia. “Sou um homem democrático e nada valorizo mais do que o veredicto popular. Confio que amanhã poderemos começar a trabalhar com Javier Milei para garantir uma transição ordenada”, prometeu o mandatário em exercício. Dina Boluarte, do Peru, não usou suas redes sociais, mas a presidência do país felicitou o ultraliberal. Nicolás Maduro, da Venezuela, Luis Arce, da Bolívia, Irfaan Ali, da Guiana, e Chan Santhoki, do Suriname, não haviam se manifestado até a publicação desta reportagem.
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