Entidades lançam movimento em defesa do parcelado sem juros no cartão de crédito
novembro 21, 2023
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Abaixo-assinado visa angariar apoio em meio à discussão que veio à tona após criação do Desenrola; Febraban nega pressão para fim do PSJ, mas propõe ‘medidas de reequilíbrio’
drobotdean/FreepikEntidades afirmam que parcelado sem juros ajuda 200 milhões de brasileiros todos os dias
Um conjunto de 11 entidades lança nesta terça-feira, 21, o movimento “Parcelo Sim!”, uma iniciativa apartidária que visa preservar o parcelado sem juros, ferramenta que permite ao consumidor fracionar suas compras de modo que não comprometa seu orçamento mensal. Este modelo, amplamente utilizado para diversas necessidades, desde a compra de bens duráveis até despesas emergenciais com remédios e alimentos, é agora alvo de potenciais alterações que poderiam limitar seus benefícios. O movimento busca angariar apoio através de um abaixo-assinado, conscientizando a população sobre os impactos negativos que tais mudanças podem causar. “O PSJ é uma das mais importantes ferramentas de concessão de crédito do Brasil. Ele ajuda 200 milhões de brasileiros todos os dias: quem precisa trocar o smartphone por um modelo novo para trabalhar, quem precisa comprar móveis e eletrodomésticos novos depois de um imprevisto, quem tem o sonho de dar uma TV nova para a família”, destaca o manifesto.
O movimento surge em meio à discussão sobre o Desenrola, programa sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a renegociação de dívidas e a redução dos juros do cartão de crédito. Segundo o movimento, a pressão para limitar ou extinguir o parcelado sem juros é exercida pelos bancos como forma de viabilizar essa redução. O prazo estipulado pelo Congresso para uma autorregulamentação das instituições financeiras se encerra em 90 dias. A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) afirma que não há qualquer pretensão de se acabar com as compras parceladas no cartão de crédito. “Defendemos que o cartão de crédito deve ser mantido como relevante instrumento para o consumo, preservando a saúde financeira das famílias.” Por outro lado, aponta que “estudos indicam a necessidade de medidas de reequilíbrio do custo e do risco de crédito” e propõe um debate sobre “a grande distorção que só no Brasil existe, em que 75% das carteiras dos emissores e 50% das compras são feitas com parcelado sem juros”.
Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), 90% dos varejistas adotam o PSJ, enquanto o Instituto Datafolha aponta que 75% da população faz uso dessa modalidade de pagamento. Contudo, há uma tentativa de modificar ou limitar esse direito do consumidor, o que poderia levar a uma redução significativa nos gastos das pessoas. O presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci Júnior, destaca a importância do parcelado sem jutos para a economia, comércio e, especialmente, para as famílias de menor renda. Ele ressalta a propositividade do movimento e convida todos a participarem do abaixo-assinado para proteger essa conquista dos brasileiros.
Décio Lima, presidente nacional do Sebrae, reforça a relevância da ferramenta para empreendedores e população de baixa renda, destacando que a modalidade é insubstituível como ferramenta de crédito sem juros no país. Já Henrique Lian, diretor de relações institucionais e mídia da Proteste, critica a tentativa dos grandes bancos de limitar o PSJ como estratégia para compensar a redução das taxas do crédito rotativo, ressaltando a responsabilidade do Estado em defender os consumidores. A campanha “Parcelo Sim!” está ativa no site parcelosim.com.br e nas redes sociais, contando com o apoio de diversas entidades, incluindo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o Sebrae e a Proteste.
Associações que fazem parte do movimento “Parcelo Sim!”
Associação Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad)
Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel)
Associação Brasileira dos Lojistas Satélites de Shoppings (Ablos)
Associação Brasileira de Academias (Acad)
Associação de Lojistas do Brás (Alobras)
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP)
Parcele na Hora
Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor)
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)
União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco)